Quantas vezes você decidiu que finalmente ia começar a se exercitar na segunda-feira, mas acabou largando a academia depois de algumas semanas? Ou teve uma boa ideia de negócio e até projetou como colocá-la em prática, mas desistiu no caminho? Ou, ainda, sente que tem dificuldade para levar adiante mesmo objetivos mais triviais, como beber mais água, dormir mais cedo ou ler determinado número de páginas de um livro por dia? Você certamente não está só.
Em primeiro lugar, é importante saber que mudar de ideia, alterar a rota, desistir de objetivos que uma vez pareceram importantes acontece com todo mundo, é da nossa natureza e às vezes resultado das circunstâncias. O problema é quando a desistência se torna repetitiva a ponto de atrapalhar a rotina e gerar sentimentos de frustração, raiva, culpa e inadequação, além de compulsão (por comida, pensamentos negativos, compras, por exemplo) e sintomas físicos como tensão muscular e dores, como de cabeça e no corpo.
O que está por trás da desistência quase sempre é o medo de errar e fracassar. Para evitar que aconteça, a pessoa acaba nem tentando", diz Franciele Maftum, psicóloga e neurocientista, com mestrado em neurociência cognitiva pela Universidade de Reading, no Reino Unido. Ela explica que o comportamento quase sempre tem origem em crenças de insuficiência e inadequação que formamos sobre nós mesmos na infância.
Mas não é por isso que precisamos ser reféns dele para sempre. "O primeiro passo para mudar é desconstruir o estigma sobre si mesmo, ou seja, parar de repetir frases como 'eu sempre desisto das coisas' ou 'não vou nem começar porque sei que vou desistir', senão o cérebro vai continuar funcionando da mesma maneira", diz.
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