Depois que finalizei a leitura do livro 1808, sobre a vinda ao Brasil da Família Real Portuguesa, já iniciei a leitura do 1822, sobre a Independência do Brasil. Fenômenos históricos “vizinhos”.
Em 1820, em decorrência da Revolução Liberal do Porto, foram convocadas as famosas Cortes Portuguesas com o objetivo de limitar o poder do monarca português. Nestas cortes haveria representantes de todas as regiões do vasto Império Português, ou seja, seriam compostas pelos chamados portugueses continentais e pelos portugueses do além-mar (nós brasileiros éramos considerados portugueses do além-mar ou portugueses da América).
A distribuição da quantidade de representantes seria determinada pelo tamanho da população livre (ou seja, população não-escrava).
Sendo Minas Gerais a região mais populosa da América Portuguesa, com aproximadamente 600 mil habitantes, ela teria direito a 17 representantes.
Só que a delegação de Minas não viajou para Lisboa, o que deixou os brasileiros em minoria nas Cortes, por isso elas passaram a tomar facilmente atitudes contrárias aos interesses brasileiros.
Era imprescritível para as Cortes o retorno da Família Real a Portugal, mas também a volta do Brasil a condição de colônia, e a divisão do nosso país em provinciais que respondessem diretamente a Lisboa e não ao Rio de Janeiro, enfraquecendo assim o poder central local.
E como bem sabemos, tais medidas levaram ao fatídico 07 de setembro de 1822.
Influência mineira na Independência do Brasil, uai!