O Brasil de Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo se coloca no plano internacional como uma nação cristã e conservadora, ignorando o Estado laico e a população brasileira não-cristã e não-conservadora.
De acordo com o próprio presidente, os votos do Brasil na ONU seriam baseados na Bíblia Sagrada, até por conta deste guia, os diplomatas brasileiros atuam nas esferas multilaterais para sabotar debates sobre, por exemplo, direitos reprodutivos das mulheres.
O governo brasileiro também se aproveita de fóruns multilaterais para os criticar, por considerá-los um risco a cristandade mundial. Já tentou formar com os Estados Unidos, a Rússia, a Hungria e a Polônia um “eixo cristão” nas relações internacionais.
Devido este pilar, as nossas relações com países não-cristãos foram comprometidas, ficamos com um perfil de país reacionário e teocrático, nos isolou e rompeu com os princípios tradicionais da política externa brasileira.